Olá pessoal! Nesse
post, mais uma vez, eu trago um pouco sobre algum autor que, eu goste bastante
e que, muitas vezes é pouco conhecido. No primeiro post, eu falei sobre a sueca
Selma Lagerlöf. Eu já me perguntei o que seria da nossa literatura hoje, seja
ela de qualquer gênero, sem que tenham existido autores clássicos. Bem, podemos
saber que J.K. Rowling, por exemplo, afirma que muito de Harry Potter surgiu
com T.H. White.
Abaixo vocês podem
conhecer um pouco mais sobre John Donne, um escritor inglês renascentista que,
viveu entre 1572 e 1631.
Poeta e orador sacro inglês que ficou conhecido pela excelência de sua
poesia metafísica, seus poemas de amor e seus sermões. Sua obra poética foi
considerada inovadora por afastar-se radicalmente das convenções do verso
inglês quinhentista, baseadas em Petrarca, a experimentar novas formas e
imagens. Donne trocou as alusões mitológicas, o amor sentimental e o estilo
melodioso por metáforas audaciosas, ritmos ásperos e uma visão bastante natural
e franca do amor. A
poesia de John Donne representou uma mudança das formas clássicas para uma
poesia mais pessoal. Donne é célebre por sua métrica, a qual foi estruturada com ritmos alternantes e
recortados e que se parece bastante com a linguagem coloquial (foi por isso que Ben
Jonson, de uma escola mais clássica, disse que
Donne deveria ser enforcado por não manter o ritmo)
“Come, Madam, come, all
rest my powers defy,
Until I labour, I in
labour lie.”
Em
uma viagem a Cádiz, na Espanha, ele assumiu a função de secretário particular
de Anne More, sobrinha de Sir Thomas Egerton. Ele se aproximou tanto da jovem que os dois acabaram contraindo
matrimônio em segredo, o que lhe deixou desempregado e acarretou sua prisão,
decretada pelo tio de sua esposa.
Ausência
“(...)
Ausência, escuta o meu protesto
Contra a tua força, Distância e duração;
Para
os corações constantes
Ausência é presença;
O tempo espera.
Meus sentidos
querem seu movimento para fora,
Os quais, agora dentro,
A razão vence,
Redobrada pela secreta imagem dela;
Tal como os ricos que sentem prazer
Mais em
esconder que em manipular tesouros.
Pela ausência este bom recurso ganhei:
Que
posso alcançá-la
Onde ninguém a pode ver,
Nalgum recanto fechado do meu
cérebro:
Aí a abraço e a beijo,
E assim a desfruto
Sem que deem por sua falta”
Depois
de sua libertação ele iniciou sua criação poética com a obra Poemas Divinos, de
1607, seguida por Biathanatos, gerada em 1608, ambas lançadas em 1644. Sua
poesia revelava uma incrível percepção da vida social inglesa, e também
apresentava uma análise discreta de suas inquietações.
“Costumamos
dizer que as bases elementares do homem são o sofrimento e a felicidade, como
se nele houvesse ambos em igual proporção, e os dias do homem, cheio de
vicissitudes, embora ele tenha tantos dias bons quanto ruins, e que se vivia
sob um equinócio perpétuo, noite e dia igualmente...”
As linhas ardentes dos sermões de Donne influenciaria
trabalhos futuros da literatura inglesa, tais
como Por quem os sinos dobram, de Ernest Hemingway, que recebeu esse título a partir da passagem na Meditation
XVII, e Homem Algum é Uma Ilha, de Thomas Merton, que recebeu esse título a partir da mesma fonte.
Suas
censuras jocosas ou sátiras partiam de questões inerentes ao reinado da Rainha
Elizabeth, como, por exemplo, a depravação do sistema de leis, os escritores
medianos, os cortesões empolados, entre outras. As demais abordam temáticas
religiosas, as quais têm para o poeta um alto valor.
Fontes:
Nunca li nada do autor =/
ResponderExcluirMas após ler sua postagem em interessei bastante. Acho alguns clássicos bem massantes, mas quando damos uma chance acabamos por ver o quanto são importantes e como foram precursores da literatura atual, e inspiradores.
Ótimo post.
Beijos
Viviane
Razão e Resenhas
Sem querer encontrei esse poema (ausencia),me apaixonei. Tô querendo tudo sobre o autor.
ResponderExcluirAmo poesia, e John Donne descreveu exatamente o que estava lhe acontecendo e isso acontece até hoje com cada um de nós, acontece também outras coisas, podemos colocar no papel.
ResponderExcluirEste POST é maravilhoso.🥰🥰
Lindo poema...cinheci assistido Outlander.
ResponderExcluirAmo poesia e corri pra conhecer sobre o autor.
Abraço afetuoso
Conheci assistindo
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