domingo, 8 de setembro de 2013

Resenha | O Nome do Vento

Antes de ler esse livro, já tinha lido algumas resenhas e críticas sobre ele. E em muitos casos as pessoas sempre diziam que era difícil falar sobre a obra. Agora, depois ter lido-o posso com certeza afirmar a mesma coisa. De uma forma espantosamente inteligente, é como o autor escreveu. É complicado criar uma resenha com tantas coisas pra contar. Patrick Rothfuss criou uma obra incrivelmente  excepcional. Ele escreve muito, muito bem. 

Kvothe é um hospedeiro, dono de uma pousada chamada de Marco do Percurso. Um homem que guarda muitas, muitas histórias pra contar. Em um certo dia sossegado um cronista chega na hospedaria. Ele já ouviu falarem muito em Kvothe. Ele está apenas de passada, entretanto, quer muito escrever todas as memórias do tão conhecido hospedeiro. Depois de um pouco de insistência Kvothe aceita contar sua história para ele, embora, haveria uma condição. Ele contaria sua história em três dias. O cronista aceita, já que não podia perder essa oportunidade única.

No momento que Kvothe começa a contar sua história, ocorre uma mudança na narrativa de terceira para primeira pessoa. Dessa forma, é que iremos conhecer os detalhes da vida do tão conhecido Kvothe. O livro mantém as duas formas com o próprio Kvothe narrando, e um  outro narrador observador.

"Já resgatei princesas de reis adormecidos em sepulcros. Incendiei a cidade de Trebon. Passei a noite com Feluriana e saí com minha sanidade e minha vida. Fui expulso da Universidade com menos idade do que a maioria das pessoas consegue ingressar nela. Caminhei à luz do luar por trilhas de que os outros temem falar durante o dia. Conversei com deuses, amei mulheres e escrevi canções que fazem os menestréis chorar.
Vocês devem ter ouvido falar de mim."

Kvothe, então, começa a contar sua história nos levando a conhecer sua infância. Seu pai tinha uma trupe, onde ele se apresentava cantando, tocando e representando. Lá ele aprendeu muito sobre a arte do palco. Ele também nos conta que conheceu Ben, um arcanista que lhe ensinou muito sobre magia. Esses ensinamentos seriam fundamentais para sua posterior entrada na Universidade. Tudo em sua vida era tranquilo, no entanto, a trupe é atacada e dizimada por Chandriano. Um demônio que Kvothe nem imaginava que realmente existia.

Apartir daí, nosso caro amigo é obrigado a se virar sozinho. Ele vai em busca do demônio que destruiu a trupe, e com apenas 12 anos descobre como é estar sozinho em uma cidade. As únicas coisas com que ele pode contar são sua inteligência e suas habilidades.  Sua vida não seria nada fácil, até entrar na tão sonhada universidade. Quando isso acontece, Kvothe percebe que seus problemas estariam longe de chegar
em ao fim. Novos amigos, novos desafetos, paixões e inimigos. Mas é uma das melhores partes do livro!

Segundo Kvothe, ele matou, comprou e mereceu todos os nomes ao qual já teve ou foi chamado. Seria ele um herói ou um vilão? Não há como fugir dessa pergunta, embora seja ele um personagem incrível. Pra mim não faz a diferença seja ele o que for. A sua própria personalidade é um mistério a parte. Eu vibrei logo de início, e me prendi a história. 

O autor soube descrever as cenas de uma forma genial. Bem descritas e que fluem tranquilamente. Kvothe é grande tocador de alaúde ( uma das artes que aprendeu na trupe de seu pai ). Quando tocava em algum momento do livro, as descrições para isso eram inteligentes e encantadoras. É cena de mergulhar pra dentro. Como isso é possível?

O mundo onde a história se passa é conhecido como Quatro Cantos. Um mundo tão fantástico que fica difícil descrever. Quem gosta de livros de fantasia não pode deixar de conhecer este. Patrick pensou bem em cmo criar um novo mundo com profissões, sistemas e meios de vida. A magia ou as simpatias são algo que chamam muito atenção. Os nomes são de extrema importância, com conexões e elementos... é sensacional.

Eu me apaixonei pela história, desde início quando criaturas estranhas já aparecem tudo fica viciante. Todas as dificuldades de que Kvothe passou, o fizeram tornar-se um homem de muitas histórias, aventuras e respeito. Já fazia muito tempo que queria ler esse livro, enfim, tive a oportunidade e não me arrependo nenhum pouco. Só não consigo imaginar o que pode acontecer no final da trilogia, sendo que este é apenas o primeiro.

Bom, eu espero que todos tenham gostado, assim que tiverem a oportunidade leiam que não irão se arrepender. Vale muito a pena ler, ainda mais um livro desses. 

 "As palavras podem arrancar lágrimas dos corações mais empedernidos. Existem sete palavras que farão uma pessoa amá-lo. Existem dez palavras que dobram a vontade de uma homem forte. Mas uma palavra não passa de uma pintura do fogo. O nome é o fogo em si."

Grande abraço,
Maurício Dias//

3 comentários:

  1. Nossa, que resenha **.**
    Eu sou doida por esse livro, sempre li as pessoas comentando de fato o quão a leitura dessa obra é complexa, mas nunca li nada de negativo sobre a mesma.
    Esse é um livro que lerei quando puder dispor de tempo livre,para degustar e compreender cada linha.
    Bela dica de leitura meu amigo, parabéns!
    Beijão
    Vivi

    http://vivianeblood.blogspot.com.br/2013/09/resenha-crimbfuor-chegada-atrithar-mike.html

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  2. Não conhecia o livro.
    Sua resenha está incrível.
    Beijos, fica com Deus ♥
    lendoeaprendendoblog.blogspot.com

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  3. É um livro bem complexo e que chama atenção pelas resenhas positivas. Quando li só conseguia pensar nisso "como um livro desses porte pode não ter resenhas negativas?" Não pq fosse ruim, mas cada linha dessa leitura é algo que fica martelando na mente, vc quer encontrar sentindo em cada linha, ponto... enfim, em tudo!

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